sexta-feira, 7 de abril de 2017

O COLECIONADOR DE MUNDOS - ILIJA TROJANOW

Quando eu vi esse livro num sebo de rua aqui do Leblon fiquei imediatamente apaixonada, pela capa. 
E como eu gosto de tudo que a palavra coleção se desdobra o comprei!E acertei.
Não se trata de um livro que fale de coleçionismo da forma academica, porém tem tudo a ver com a vida dos personagens que o escritor bulgaro Ilija Trojanow nos relata.
O Trojanow nos narra tres momentos diferentes da vida do aventureiro inglês, Richard Burton, que recebeu o título de Sir de uma rainha britânica poucos anos antes de ele vir a falecer, na Itália onde ele vivia com uma bruxa católica.
Eu li uma biografia do Sir Richard Birton no inicio do século XXI, escrita por Edward Rice e fiquei simplesmente pela vida desse homem que se embrenhou pela Índia, Africa Central e Arabia Saudita, Brasil e outras terras sempre anotando, topografando, cartografando e aprendendo sobre a cultura local e as línguas e dialetos por onde andou e morou! Diz o biografo Edward Rice  que ele falava 45 línguas entre idiomas e dialetos. Nesse livro, O Colecionador de Mundos, o autor búlgaro faz uma ficção perfeita dos três momentos mais conhecidos das aventuras do Burton. A primeira historia se passa na Índia, na região do Guzerate, (pertencente ao império britânico) quando ele foi um oficial do General Nisquier, e onde ele aprendeu a falar hindi, gujerati, sânscrito; na fala do Trojanow "(...) Só havia uma maneira de não desperdiçar sua vida:aprender linguas estrangeiras. Línguas eram como armas. Por intermédio delas, ele se libertaria dos grilhões do tédio, daria impulso a carreira, aguardaria missões mais exigentes. No navio, aprendera hindustão o bastante para se orientar minimamente..." Nesta parte da India ele vive um amor profundo. Na segunda historia ele está no Cairo, Egito indo fazer a peregrinação a Meca travestido de persa. Foi o primeiro homem ocidental a fazer essa peregrinação. Falava fluentemente as três línguas que os mercadores usavam nessa época nessa região: turco, persa e árabe. A terceira viagem e a mais conturbada e violenta se passa na Africa Central, mas não vou contar nada....
EDITORA COMPANHIA DAS LETRAS, 2010
TRADUÇÃO DE SERGIO TELLARORI
CAPA PIPAS VOANDO, c.1890, aquarela sobre papel, Escola do Punjabi, século XIX.@ ROYAL ASIATIC SOCIETY, LONDON,UK/THE BRIDGEMAN ART LIBRARY


3 comentários:

Pedrita disse...

ah, desde q vc compartilhou a capa fiquei fascinada tb. fiquei com muita vontade de ler. amo objetos, experiências. beijos, pedrita

Carlos Faria disse...

Nunca ouvira falar do escritor, mas confesso que o tema e a forma como expôs o conteúdo do livro me cativaram sinceramente, vou ver se cá em Portugal está editado.

Carlos Faria disse...

Embora com uma capa bem diferente está editado e existe disponível no meu fornecedor habitual, já o anotei para futura aquisição.