terça-feira, 13 de setembro de 2016

SEI SHONAGON - O LIVRO DO TRAVESSEIRO

Faz muito tempo que eu queria ler esse livro! Desde a primeira vez que eu vi o filme do cineasta ingles Peter Greenway,  "O livro de Cabeceira", que na época não havia tradução desse livro para o nosso idioma assim que eu vi o livro num dos passeios que eu fiz pela livraria da Travessa, aqui no Rio de Janeiro o adquiri! E foi uma das melhores aquisições desse ano de 2016; um livro para estar mesmo na cabeceira do nosso colchão e ler homeopaticamente noite após noite.Amei!

eu apelo:
O Livro do Travesseiro
 
Organização de Madalena Hashimoto Cordaro

616 p. - 16 x 23 cm
ISBN 978-85-7326-515-6
2013 - 1ª edição; 2013 - 2ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Como explicar que um livro escrito no final do século X, início do XI, por uma dama da corte a serviço de sua Imperatriz, em Quioto, numa sociedade tão diversa da nossa quanto o Japão feudal, possa tocar o leitor contemporâneo com tamanho frescor e alegria?
A resposta está no olhar extremamente aguçado de sua autora, Sei Shônagon (c. 966-1020), que conta no Ocidente com um largo número de admiradores - de Jorge Luis Borges, que traduziu parcialmente O Livro do Travesseiro para o espanhol, ao diretor inglês Peter Greenaway, que se inspirou na obra para criar o premiado filme The Pillow Book.
Com uma capacidade de produzir insights inesperados praticamente a cada página, Sei Shônagon ilumina tanto os pequenos fatos do cotidiano no Palácio Imperial, como os fenômenos da natureza, as sutis interações da vida social e a refinada trama de valores estéticos que enlaça e organiza praticamente todas as esferas da cultura.
Verdadeiro recenseamento dos costumes, práticas e mentalidades do período Heian - aquele em que se forma e sistematiza a estética propriamente japonesa -, O Livro do Travesseiro é composto por mais de trezentos textos que, lidos em sequência ou com a liberdade do acaso, compõem um inventário dos afetos, da sensibilidade e do conhecimento de uma época, filtrados pela ótica de uma escritora de talento excepcional

Sobre o autor
Sei Shônagon, como é conhecida hoje, recebeu tal nome enquanto atuava como servidora da Consorte Imperial Teishi, esposa principal do Imperador Ichijô (980-1011, no trono desde 986 até a morte). Nascida por volta de 966, filha e neta de poetas renomados, é convocada no ano de 993 pelo Conselheiro-Mor Fujiwarano Michitaka para servir à Corte de sua filha, Teishi, em Quioto, então capital do Império. Sei Shônagon inicia então, possivelmente aos 27 anos, suas atividades na Ala Feminina do Palácio Imperial, e logo começa a escrever os textos que comporão O Livro do Travesseiro, obra concluída no ano 1001. Em 1000, Teishi falece após complicações de parto, aos 24 anos, e, em 1011, morre o Imperador Ichijô. Afastada da corte, Sei falece em Quioto, por volta do ano 1020.
Editora 34, São Paulo.


4 comentários:

Pedrita disse...

ah, é ligado ao filme o livro de cabeceira. puxa, quero muito ler tb então. amei esse filme, é demais. adorei o post. beijos, pedrita

Carlos Faria disse...

Nunca tinha ouvido falar, mas pode ser desafiador descobrir as vivências de outros tempos noutras culturas.

DIARIOS IONAH disse...

Eu já tinha ouvido falar porque sou muito ligada na literatura japonesa e estava sempre com muita vontade de ler e não conseguia a edição aqui no Brasil. Quando eu vi o filme (vi 6 vezes) pela primeira vez aguçou os meus sentidos e a partir daquele momento comecei a procura-lo, sem chances. Um dia recentemente eu estava passeando pela Livraria da Travessa, de Ipanema e dei de cara com ele. Comprei na hora. Tem mais um que eu quero muito se chama GENJI e foi escrito também por uma cortesã em meados do ano mil. Esse só tem edição portuguesa e custa cada volume (aqui no Brasil) 130 reais.

Carlos Faria disse...

Estou a ler agora Mishima que é japonês, mas é um país cuja literatura conheço mal.